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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A cura do paralítico (Lc 5,17-26) (07/11/09)

O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes.

        Não só para curar os doentes, mais para nos libertar das injustiças, tentações, e principalmente dos pecados.  O poder de Jesus é ilimitado, assim como o poder do Pai. Porque a Ele foi dado todo o poder no Céu e na Terra. 

        Assim, o evangelho de hoje nos traz mais uma grande demonstração de poder de Jesus Cristo. E os fariseus que sempre estavam  na  "cola" de Jesus para apanhá-lo em algum deslize, questionam o seu poder.

        No tempo de Jesus, a doença era um castigo associada aos  pecados da pessoa e representava uma impureza. É por isso que Jesus primeiro perdoa os pecados daquele homem, para depois então curá-lo. Ele fica admirado  pela fé tanto do paralítico como do grupo que o carregava, e diz-lhe que os seus pecados estão perdoados. Primeiro Ele faz uma purificação, para que, segundo a Lei, o paralítico mereça ser curado. Porque Jesus respeitava a Lei e os costumes ou a cultura daquele povo.  Os fariseus e mestres da Lei acusam-nO de  blasfêmia, pois acreditavam que  só Deus tinha o poder de perdoar os pecados segundo a Lei vigente . Por isso eles pretendiam condená-lo.  A cura do paralítico é sinal do poder de Jesus, do  perdão dos pecados, que é fruto do seu amor misericordioso.

        Reparem que os líderes judaicos não pronunciaram nenhuma palavra.  Eles somente pensaram. Mais como Jesus é Deus, Ele viu ou ouviu os seus pensamentos.

" Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: "Por que pensais mal...?"
"Para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te - disse ele ao paralítico - toma a tua maca e volta para tua casa."

        Vamos aqui nos deter em três pontos de reflexão deste evangelho: Jesus demonstra o seu poder de cura, o poder de estar vendo os nossos pensamentos, e a repreensão aos fariseus por terem feito um julgamento. "Quem ele pensa que é, para perdoar pecados?"  Essa é uma atitude típica de quem está com ciúmes, com inveja de outra pessoa de igual categoria, ou do seu nível, por ela estar fazendo uma coisa que nós gostaríamos de estar fazendo em seu lugar, como às vezes acontece na própria paróquia. Eu entro na igreja e lá no altar está um colega fazendo a celebração. Qual é a minha atitude? Ei! Por que eu não estou lá? Porque eu não posso fazer celebração também? Quem ele pensa que é para fazer celebração?  Infelizmente  existe ciúmes e inveja até nos lugares mais santos, porque somos pessoas pecadoras. E isso às vezes atrapalha, emperra o bom andamento das pastorais, e da evangelização.

        Quanto a Jesus ver ou ouvir os nossos pensamentos, precisamos tomar mais cuidado, pois estamos pecando direto por pensamentos. E até consideramos serem santos pensamentos, como, naquele dia em que pensamos ser mais santos que aquela pessoa. Isso não é o cúmulo do absurdo?  Pois acontece.  Um exemplo:  Uma pessoa santa, talentosa, de muita fé, e conhecimento da doutrina da Igreja, enfrenta muitas dificuldades para se engajar em uma determinada comunidade, simplesmente por inveja ou ciúmes dos que fazem parte do centro de decisões, ou da coordenação. Sinto que estou me repetindo em algo que já escrevi em reflexões anteriores. Mais acredito que certas coisas muito importantes da nossa vida devem ser repetidas, refletidas para serem eliminadas ou corrigidas.

 

Sal.

HOMILIA  DOMINICAL

http://reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com/



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