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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Deus não te fez para esconder do mundo... mas para iluminá-lo (Mc 4,21-25) (31/01/08)

Deus não te fez para esconder do mundo, mas para iluminá-lo!

        Este pequeno trecho do evangelho de Marcos, que à primeira vista nos parece de difícil compreensão, na realidade se transforma num ensinamento límpido e claro.

        "Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote?" Basta relacionarmos a lâmpada acesa aos dons recebidos do Criador. Os dons que recebemos só terão sentido e serão eficazes quando partilhamos os mesmos com a comunidade em que vivemos. Se os mantivermos escondidos, eles nos passarão despercebidos e serão infrutíferos.

"Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que tem". Jesus ainda nos adverte sobre a responsabilidade que temos nesse compartilhamento para o qual um dia deveremos prestar contas, e as conseqüências dessa omissão que nos levará até à perda dos dons que possuímos. Ao contrário, se os colocarmos gratuitamente ao serviço dos irmãos, eles serão desenvolvidos e se multiplicarão.

        Cabe a nós descobrirmos nossos dons e disponibilizá-los, porque muitas vezes somos inibidos a essa ação, levados pelo medo da responsabilidade assumida, ou pelo comodismo na situação em que vivemos ou, pior ainda, pelo egoísmo em dividi-los com os outros.

 

José Machado Filho

jose.machado@t-systems.com.br



quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Somos frutos de nossas escolhas (Mc 4,1-20) (30/01/08)

Somos frutos de nossas escolhas

Acredito que numa das primeiras reuniões quando me apresentaram a Bíblia, foi com a Parábola do Semeador, e de lá para cá tive a oportunidade de ler e reler várias vezes, e como aprendi nesta caminhada, o Espírito Santo faz novas todas as coisas, e hoje Deus nos convida a refletirmos sobre os nossos frutos.

A primeira atitude que Jesus nos ensina neste Evangelho é o ensinar. Ele não se cansou! Mas muitos de nós, ao sermos convidados a fazermos uma reunião ou coordenar alguma atividade na Igreja, já alegamos falta de tempo, ou até mesmo assumimos que não somos capacitados para tal coordenação, demonstrando uma tamanha falta de fé ou de conhecimento da palavra onde nos ensina 'Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos'. Até quando vamos esperar para assumir tal predileção de Deus? Somos escolhidos e amados por Deus, deixemo-nos ser capacitados para semear a Sua palavra.

Por que Jesus queria ensinar em Parábolas? Penso que era para poder nos fazer pensar, refletir, e com isso, pedir a sabedoria de como agir. Ele não nos quer com um 'freio de burro', seguindo na 'louca' a Ele, e sim, convencidos do Amor do Pai por nós, que sai a semear sem distinção, sem escolher.

E são várias as vezes que nos pegamos escolhendo pra quem falar de Jesus. Alguns amigos nem tocamos no assunto para não ofendê-los... alguns parentes, alguns familiares, alguns colegas de turma, e assim vai. Que fruto somos? Que fruto ofertamos? Uma única certeza temos: é que somos frutos de nossas escolhas, e quem escolher a Deus, e sair a semear, não se arrependerá.
        Precisamos criar raízes, e isto só acontece quando nos aprofundamos em Sua Palavra, e começamos a sair a semear. Quero relembrar neste final de reflexão, que se o grão de trigo não morrer, este não viverá, é preciso que 'morramos' para que Cristo viva em nós.

Façamos esta experiência, para que sejamos "20por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um".
 
Deus te guarde,
 
Raoni
raonimendes@hotmail.com



terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Quer fazer parte da família de Jesus? (Mc 3,31-35) (29/01/08)

Quer fazer parte da família de Jesus?

        Esta é uma das passagens preferidas dos protestantes que gostam de diminuir Maria. Aqui, Jesus afirma que a mãe e os irmãos dEle são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Os protestantes afirmam, a partir daí, que Jesus não dava importância à Maria, e que Ele tinha irmãos, ou seja, que Maria teve outros filhos.

        Já li livros que ensinam como interpretar essa passagem bíblica sob a ótica católica para "defender" Maria contra os ataques dos protestantes. Como prefiro a praticidade e a objetividade, não perco tanto tempo tentando argumentar muito com os protestantes. Basta saber que o termo "irmão", no idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo. Quanto a importância de Maria, a questão é pura relatividade: você pode encarar que Maria é rebaixada... mas eu entendo que Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e as põe em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo, a sua mãe.

        Então se nós escutarmos e pusermos em prática seus ensinamentos, faremos parte da família de Jesus? Exatamente! E fazer parte da família implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres!

        Mas e a questão de Maria ter tido outros filhos? Meu amigo, se ela teve relações com José, o MARIDO dela, e se teve outros filhos, por acaso, isso diminui a mulher excepcional e especial que ela foi? Eu li e reli várias vezes os dogmas da igreja, e não encontrei nada que afirmasse que Maria morreu virgem. A certeza é que ela concebeu Jesus virgem, e permaneceu virgem após o parto inexplicavelmente (mistério de fé), e que após a sua morte, ela subiu aos céus sem pecado. O próprio Catecismo da Igreja Católica considera o ato sexual NO MATRIMÔNIO uma bênção de Deus. Considera José como castíssimo esposo. No entanto, a nossa visão de castidade é um pouco distorcida: castidade não significa abstinência sexual, mas sim a vivência da sexualidade de forma sensata e coerente, respeitando o tempo de viver cada etapa da vida. Após o casamento, José e Maria poderiam ter relações sexuais, e isso não seria nenhum pecado. Pelo contrário, seria um ato abençoado por Deus. Conseqüentemente, não haveria motivo para se pensar que Maria seria menos santa e digna por causa disso. Afinal, ela foi a mãe do Filho de Deus.

        Não estou afirmando aqui que Jesus teve ou não teve irmãos de sangue, ou seja, que Maria teve outros filhos com José. Nem que José e Maria tiveram ou não tiveram relações sexuais. Não quero escandalizar nem polemizar. Só quero deixar claro que tendo ou não, ela é e sempre vai ser a minha Rainha, Mãe do nosso Salvador e nossa Mãe, minha intercessora, e vai merecer toda a minha admiração, carinho e respeito. E ai de quem falar mal dela!

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O maior de todos os pecados (Mc 3,22-30) (28/01/08)

O maior de todos os pecados

        De todos os pecados que podemos cometer, existe um que não pode ser perdoado: o pecado contra o Espírito Santo. Os outros evangelistas também escreveram sobre isso, mas nesse Evangelho de Marcos nós temos uma boa descrição do contexto no qual Jesus fala sobre esse pecado mortal.

        Os mestres da Lei vieram de Jerusalém para ver as obras de Jesus, e chegaram à seguinte conclusão: "Ele faz estas obras em nome do demônio". Jesus levou muito a sério e ficou bastante chateado com essa conclusão dos mestres da Lei, e expressou a sua revolta afirmando que qualquer pecado ou blasfêmia pode ser perdoada, EXCETO a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é atribuir ao inimigo o que é obra de Deus. Será que nós fazemos ou já fizemos isso? Vamos pensar um pouco...

        Cada vez que julgamos, estamos submetendo fatos, boatos ou pessoas ao que consideramos certo ou errado. Alguma vez na vida você já julgou algo ou alguém? Com certeza, sim. Desde crianças aprendemos conceitos de certo e errado que são passados pelos nossos pais, parentes, professores, amigos, livros, televisão... Começamos bem cedo a identificar o certo e o errado, o bom e o mau, e evoluímos identificando as coisas "do alto" e as coisas "de baixo"... Assim, passamos a observar os atos das pessoas e julgá-los como certo ou errado, bom ou mau, de Deus ou do inimigo. E é aí que mora o perigo: quando julgamos algo que vem de Deus como sendo obra do inimigo. Por exemplo... quando alguém se sai bem em algo na vida e você, sem saber, diz que ela trapaceou; quando alguém está tentando ajudar e você, sem querer saber, diz que ela está agindo com segundas intenções; quando alguém é inocente e você, às vezes até sabendo o aconteceu, julga culpado.

        Observe que em todos os exemplos existem dois pontos em comum: 1) você ou não sabe, ou não quer saber, ou sabe e ignora os fatos; 2) a inveja.

        Você está sendo julgado? As pessoas falam mal de você mesmo sem você ter feito nada de mal? Mesmo você fazendo o bem? Jesus também foi julgado assim e ficou chateado a ponto de dizer que esse é o único pecado sem perdão: ver o bem acontecendo e dizer que é obra do mal. Você pode não receber a recompensa aqui e agora, mas receberá um presente bem maior de Deus.

        Você está julgando, fofocando, provocando intrigas, denegrindo a imagem de uma pessoa boa? Pois saiba que o seu castigo será eterno... palavras de Jesus.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



domingo, 27 de janeiro de 2008

Para quem vivia na escuridão... brilhou uma luz (Mt 4,12-23) (27/01/08)

Para quem vivia na escuridão, brilhou uma luz!

        Voltamos a falar do início da vida pública de Jesus, que se deu numa terra de pagãos, pregando e convocando seus primeiros discípulos às margens do mar da Galiléia. Mas de tudo o que poderíamos comentar hoje, creio que seria interessante aprofundarmo-nos um pouco na profecia: "...para os que viviam na região escura da morte, brilhou uma luz." Como seria essa "região escura da morte"?

        Era uma vez uma cidade onde as pessoas não gostavam de Deus... afinal, só conheciam o Deus que castigava e punia, e por isso tinham medo de Deus. Aliás, tinham medo até de admitir que tinham mais medo do que respeito a Deus. Devido a isso, ninguém falava muito no assunto. Quando nascia uma criança com defeito, era castigo de Deus; quando acontecia uma doença ou morte, era vingança de Deus... E por isso, morrer era o fim de tudo, afinal, era o momento da temida "prestação de contas". Então as pessoas dessa cidade já viviam desiludidas, tristes... nem se olhavam nos olhos... nem levantavam a cabeça, como se fossem sempre culpadas de algo. Viviam na ESCURIDÃO da AUTO-CONDENAÇÃO, que é a mãe da baixa auto-estima e da depressão. Viviam sem sonhos... sem a esperança de uma vida melhor... sem motivação para buscar a felicidade... Viviam mergulhadas na região escura da morte...

        Deve ser nesse lugar onde estão as pessoas depressivas, sem sonhos, sem esperanças, sem Deus... Mas é aí que vem a Boa Notícia: Jesus começa a salvar justamente nesse lugar, onde as pessoas precisam dEle com mais urgência! Ele É a Luz que ilumina esse lugar escuro e mostra a face de um Deus Bom e Misericordioso... Um Deus Pai, que age com AMOR, e quer a nossa Felicidade! Jesus veio para acabar com a auto-condenação, e trazer o Perdão dos pecados e a Cura das enfermidades, mostrando que todos aqueles que o buscam, arrependidos, recebem uma nova chance. E essa Luz também vem trazer a grande Novidade: o Reino dos Céus está próximo! O Reino dos Céus começa aqui, dentro de nós! E continua após a nossa morte, pois é quando iremos encontrar o nosso Criador e contemplá-lo face a face no Paraíso.

        Vivamos essa vida sem medo, a Felicidade é o projeto de Deus para a vida de cada um de nós, e Ele já fez e continua fazendo a parte dEle. Façamos a nossa parte!

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



sábado, 26 de janeiro de 2008

O Reino de Deus deve ser o alvo da nossa evangelização (Mc 4,26-34) (26/01/08)

O Reino de Deus deve ser o alvo da nossa evangelização!!

 

Hoje o Senhor vem através de parábolas nos falar sobre o Seu Reino. Na verdade, Jesus adorava anunciar a Palavra de Deus por meio de parábolas e quando os discípulos não entendiam Ele as explicava para que alcançassem o entendimento e a Sua verdadeira intenção. Então, hoje eu vou escolher uma delas para refletirmos sobre o entendimento que Jesus quer nos passar a respeito do Reino de Deus.

O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra". Ao comparar o Reino de Deus com um grão de mostarda Jesus colocou no meu coração que esse grão de mostarda seria o próprio amor de Deus que deveria ser semeado aqui na Terra durante a nossa vida terrena para que nós também pudéssemos experimentar a graça de viver em Seu Reino antes de alcançarmos o céu. O grão de mostarda é a menor de todas as sementes da terra, mas quando é semeado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças. Dessa mesma forma é o amor de Deus que é tão simples, mas que quando é semeado verdadeiramente no coração de cada um de nós toma uma forma e uma profundidade capaz de atingir milhares de pessoas e se propagar através delas como os ramos da hortaliça do grão de mostarda. E é exatamente isso que o Senhor deseja que nós façamos a partir desse evangelho: PROPAGUEMOS O REINO DE DEUS AQUI NA TERRA!!!! Precisamos acreditar que o amor de Deus tem a força do grão de mostarda para sobreviver e se tornar enorme e refúgio para todos aqueles que estão sedentos e sofrendo no meio da multidão.

Levar o Reino de Amor através da palavra de Deus é sem dúvida o alvo da nossa evangelização terrena e nós não podemos nos omitir, nem deixar que o grão de mostarda não seja semeado. Enfim amigos, precisamos SEMEAR O AMOR PARA COLHER AMOR E SERMOS VERDADEIRAMENTE FELIZES AQUI NA TERRA!!!!

 

Deus abençoe a todos!!!!

 

 

Rosa Camila.

rosac12@hotmail.com

 

 

 



sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A verdadeira evangelização se dá através do testemunho (Mc 16,15-18) (25/01/08)

A verdadeira evangelização se dá através do testemunho

        Marcos nos ensina nesse evangelho a principal missão que temos na terra: "Anunciar o evangelho em todo lugar e a todas as pessoas". A premissa essencial para cumprirmos esse compromisso é aceitarmos a manifestação de Jesus em nossa vida.  Assim como São Paulo teve a devida preparação e conversão de vida antes de assumir a evangelização proposta por Jesus, também nós deveremos ter as mudanças de atitudes necessárias em nosso comportamento para podermos dignificar a palavra de Deus. Sem essa transformação nossas palavras serão um anti-testemunho e infrutíferas. A transformação das pessoas evangelizadas só é possível quando nossas palavras são acompanhadas por um verdadeiro testemunho de vida. Podemos citar o ditado popular que diz: "As palavras chamam, mas o exemplo arrasta". O evangelista ainda enumera os sinais que Jesus promete quando há a verdadeira evangelização: "Expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas, se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados", isto é, o mal será banido e dará lugar à paz e felicidade onde sua palavra for materializada em atitudes; haverá nova visão e concepção dos acontecimentos terrenos com real discernimento; estaremos imunes do mal que nos rodeia e seremos instrumentos das graças e bênçãos de Deus aos nossos irmãos.

 

José Machado Filho

jose.machado@t-systems.com.br



quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Os dois lados do 'estrelismo' (Mc 3,7-12) (24/01/08)

Os dois lados do "estrelismo"

        O assunto abordado com sutileza no Evangelho de hoje é daqueles que nem todo mundo pode falar sobre ele, pois dificilmente vai conseguir entender os dois lados. Falaremos sobre o ESTRELISMO.

        E o que vem a ser "estrelismo"? É quando o sucesso sobe à cabeça de uma pessoa a tal ponto, que ela passa a se sentir (e agir) como se fosse superior aos outros. Todos nós conhecemos pessoas que se sentem tão "especiais", que não falam com qualquer um, ou até tratam as pessoas com indiferença. O primeiro sintoma do estrelismo é a falta de humildade ao tratar com as pessoas mais simples... E isso nós vemos acontecer na escola, na universidade, no trabalho, em casa e até na igreja! Se você se acha superior a alguém, e por isso está tratando esse alguém como se estivesse fazendo um favor, cuidado! Uma hora você vai descobrir que precisa mais deles do que eles precisam de você...

        Por outro lado, é normal nós sentirmos admiração por pessoas que tem um carisma especial. Admiramos a pessoa mais bonita da nossa turma, do nosso trabalho, do nosso grupo... Gostamos de ouvir aquela pessoa que fala ou canta bem... Todos nós queremos ficar perto daquela pessoa que está sempre de "alto astral"... E quando acontece de muuuitos admirarem a mesma pessoa, a ponto de sufocá-la na sua privacidade, e até na sua saúde, como acontece com alguns artistas e até com alguns padres, aí a situação se inverte! Da mesma forma que é errado uma pessoa "se endeusar", também é errado "endeusar" alguém! Afinal o único Homem-Deus que já pisou nesse mundo foi Jesus, e veja o que aconteceu com Ele nesse Evangelho de hoje...

        A multidão estava tão empolgada com o que Jesus estava fazendo, de curar e ensinar, que tinham pessoas que se jogavam sobre Ele para ter a oportunidade de tocar nEle. Era tanta gente comprimindo Jesus, que a sua única saída foi pedir que os discípulos arrumassem um barco onde Ele pudesse falar com seu povo.

        De que lado do estrelismo nós estamos hoje? Do lado da estrela, que se endeusa e esquece de ser humilde? Ou do lado daqueles que endeusam seu ídolo e passam a sufocá-lo, esquecendo que ele é tão humano (e cheio de defeitos) como nós? Ou será que estamos dos dois lados?

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Uma desculpa para não servir (Mc 3,1-6) (23/01/08)

Uma desculpa para não servir

As pessoas estavam esperando um erro e uma falha para entregar Jesus ao Rei da época por desobedecer à lei. E acredito que muitos de nós geramos em nossa vida uma rotina da vida terrena, e esta nos ocupa tanto, que o que nos resta de tempo utilizamos para fazer uma rotina espiritual, o que era para ser inseparável, e deixaria de ser rotina para ser VIVER.

Coloquemo-nos no lugar de Jesus neste momento. Chegamos à igreja para fazer o bem (uma palestra, uma caridade, uma reunião) e todos antes que você chegasse falando mal de você e esperando um deslize seu para lhe "crucificar", e ficar olhando para você e comentando: "- Eu não disse?" "-Eu não falei?" "-Eu não avisei? Eu disse!" Como nós reagiríamos? Acredito que muitos de nós perderíamos a paciência. Mas vamos aprofundar, deixamos as nossas práticas espirituais, por tantos motivos: por um jogo de futebol, deixamos de ir à missa; por um cineminha, deixamos de ir à reunião; por um churrasco, deixamos de ir a uma pastoral para ajudar os mais necessitados; por uma decepção, uma mágoa, uma mentira, deixamos de servir a Jesus. Esta é uma grande desculpa que o inimigo de Deus, está colocando em nossas vidas, para esfriar a nossa fé e nos levar para o cansaço espiritual. Quantos de nós já ouvimos ou já dissemos: "-Estou cansado, acho que hoje eu não vou..."! E este cansaço reflete no cansaço de amar, de fazer o bem, enfim, reflete em nossa vida.

Jesus alerta: É proibido fazer o bem? Tem dia para fazer o bem? Que sabedoria, hein?

Diante das "saias justas" que o mundo nos impõe, não arrume uma desculpa para se afastar de Deus, do seu serviço. Tenha força e coragem para pedir ao Espírito Santo, a sabedoria necessária para saber como agir e falar, e só conseguimos isto quando aplicamos em nossa "rotina" a Palavra de Deus.
        Esta nossa leitura já é um grande passo para melhorarmos nossa VIDA por completo, e não por partes. Deixemos de desculpas e vamos fazer o bem.

 

Deus te guarde,

Raoni Mendes

raonimendes@hotmail.com



terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Nenhuma regra está acima da maior de todas as regras: Fazer o bem (Mc 2,23-28) (22/01/08)

Nenhuma regra está acima da maior de todas as regras: Fazer o bem!

        O Evangelho de hoje traz algo que nós evitamos aprofundar sobre o assunto: Jesus transgrediu alguma regra? Pois é, Ele se colocou acima da tradicional regra de que o sábado é o dia do descanso. E isso é um fato que precisamos aprofundar hoje... Será que estamos seguindo alguma regra que nos impede de seguir a maior de todas as regras?

        A tradicional regra do sábado impunha que ninguém deveria trabalhar neste dia, já que foi o dia escolhido por Deus, desde a criação do mundo, para o descanso. Os judeus levavam isso tão à sério que foram criando regras cada vez mais rígidas para o sábado. Eles instituíram uma distância máxima que era permitido caminhar, proibiram o uso de sandálias que precisassem amarrar as correias, e nem os curandeiros podiam trabalhar, a não ser em caso de risco de morte. As regras foram ficando tão estapafúrdias que deixaram de lado a razão e o bom senso. Jesus chegou para abalar essas regras que desvirtuavam o sentido original do dia de descanso. "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado." Com essa frase Ele resume o que a nova lei, que Ele veio instituir, pensa a respeito do "dia de descanso". O sábado não está acima do nosso dever maior: FAZER O BEM ÀS PESSOAS, DA MESMA FORMA QUE NÓS GOSTARÍAMOS QUE ELAS NOS FIZESSEM BEM. E nessa frase você pode trocar o "fazer o bem" por AMAR, pois esse é o amor que Jesus quer de nós: o Amor Atitude.

        Pensemos então nas regras que aprendemos a seguir sem pensar, e lembremo-nos que nenhuma delas está acima da maior de todas: a Regra do Amor.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A nossa alegria é estar na presença de Jesus (Mc 2,18-22) (21/01/08)

A nossa alegria é estar na presença de Jesus

        O Evangelho de hoje poderia ser dividido em duas partes. Na primeira, a lição é sobre o que deve nos trazer alegria, e a segunda parte é sobre que regras devemos seguir.

        Na primeira parte, Jesus é questionado sobre o porquê de seus discípulos não jejuarem, já que os discípulos de João Batista e dos fariseus jejuavam. Jesus responde de forma metafórica: "Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles irão jejuar." Jesus se coloca como o noivo, e os seus discípulos como os convidados do casamento. ENTÃO QUEM SERIA A NOIVA? Você já pensou nisso? A noiva somos todos nós, povo de Deus. Lembra da parábola das 10 virgens? Elas tinham que ter a lâmpada e o óleo para poder entrar na festa com o noivo. Nós também temos que estar preparados para quando formos nos encontrar com o noivo. Numa visão machista, esse negócio de ser noiva de Jesus é uma coisa meio estranha; mas como uma metáfora, o casamento a que Jesus se refere representa uma grande festa de UNIÃO entre Deus e o seu povo. A maior de todas as festas!

        A segunda lição de hoje é que não se usa remendo novo em roupa velha; nem se põe vinho novo em odres velhos. O que isso significa? Que não daria para Jesus vir apenas para remendar as velhas leis da Antiga Aliança. Jesus veio para fazer uma nova "legislação", onde as leis são bem mais simples e resumidas em uma só palavra: AMOR. Assim como um odre velho não recebe o vinho novo, pois se arrebentaria, as pessoas que estão mergulhadas em regras e leis que não são as de Jesus, não irão conseguir assimilar a "Lei do Amor" e juntá-la à "Lei do Dinheiro" ou à "Lei do Jeitinho Brasileiro", pois elas não combinam. Quem quiser seguir Jesus precisa "nascer de novo", tornar-se novo, para receber esse vinho novo e vestir a roupa nova que nos levará à maior de todas as festas!

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



domingo, 20 de janeiro de 2008

João Batista: 'Eis o Filho de Deus.' (Jo 1,29-34) (20/01/08)

João Batista: "Eis o Filho de Deus!"

        O Evangelho de hoje é mais uma vez dedicado ao que João Batista tem a dizer sobre Jesus. E não é pouco o que ele tem a dizer, vejamos cada assertiva...

        "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." O cordeiro era o animal utilizado nos tempos da Antiga Aliança para ser oferecido em sacrifício a Deus, para que os pecados fossem perdoados. Era assim: o chefe de cada casa levava um cordeiro para o altar da igreja, matava, e oferecia o sacrifício desse animal em troca do perdão de Deus. É claro que para a nossa visão de hoje isso é ultrapassado, e nós até podemos pensar: "Mas que idéia! Eles acreditavam que matando um cordeiro, obtinham de Deus o perdão dos pecados!" Pois ainda hoje esse costume existe entre os judeus. Entre os cristãos esse costume não existe mais, porque Jesus já foi esse cordeiro, que foi sacrificado para que Deus perdoasse os nossos pecados. Por isso João já tinha anunciado que Jesus era o cordeiro, como se já soubesse do sacrifício que Jesus iria passar para a remissão dos nossos pecados.

        Em seguida João diz que Jesus já existia antes dele e que por isso, passou a sua frente. Só que João havia nascido 6 meses antes de Jesus. Inclusive, Maria (mãe de Jesus) acompanhou os 3 últimos meses da gravidez de Isabel (mãe de João Batista), quando já estava grávida de Jesus. Só que Jesus já existia antes, porque Jesus estava junto de Deus Pai e do Espírito Santo desde o princípio, na criação do mundo. E passou à frente de João porque, apesar da grande importância de João Batista, Jesus era muito mais importante que ele, bem como a sua mensagem.

        E João conclui dizendo que aquele que o tinha enviado para batizar com água, já lhe avisara que viria uma pessoa sobre a qual o Espírito Santo desceria sobre ele e repousaria. E este seria o Filho de Deus, que batizaria com o Espírito Santo. E assim foi o Batismo de Jesus, que acompanhamos no domingo passado. Portanto, a missão de João Batista havia se cumprido, pois ele preparou os corações para a chegada de Jesus. A partir de então, o seu discurso mudou: ele passou a dar testemunho do que viu durante o batismo de Jesus, e passou a apontar para Jesus e dizer: "É ELE! Eis o FILHO DE DEUS!"

        O que nos resta a fazer? Seguir Jesus, seus ensinamentos e seu próprio exemplo de vida, amando-nos uns aos outros, assim como Ele nos amou. João Batista não fazia auto-promoção, mas usava de sua autoridade e do respeito que as pessoas tinham por ele para apontar para Jesus. Assim devemos ser nós, formadores de opinião. Não somos os donos da verdade. A Verdade, O Caminho e A Vida é Jesus. Nós não somos donos dEle. Mas devemos entendê-lo e apresentá-lo a todas as pessoas que precisam de apoio. Que tenhamos a humildade de João Batista, e saibamos sair de cena para deixar Jesus aparecer.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



sábado, 19 de janeiro de 2008

Jesus não veio chamar os justos e sim os pecadores (Mc 2, 13-17) (19/01/08)

Jesus não veio chamar os justos e sim os pecadores!!!

 

 

Meus irmãos, no evangelho de hoje Jesus senta a mesa e come junto a cobradores de impostos e pecadores. Esse ato de Jesus causa indignação a alguns doutores da lei, que eram fariseus, fazendo com que eles perguntem aos discípulos: "Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?" Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: "Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores".

E com essa resposta de Jesus aos fariseus Ele nos dá um grande ensinamento que precisamos guardar em nossos corações e levar para todos aqueles que estão no pecado e que se sentem indignos de receber o perdão de Deus e de serem amados por Ele. Muitas vezes, quando o pecado já tem dominado a nossa vida é comum nos distanciarmos de Deus e sentirmos vergonha de buscar ajuda com as pessoas que nós costumávamos conviver na Igreja ou até mesmo voltar a freqüentar a Missa ou o grupo de oração por não conseguir olhar para as pessoas e por achar que por ter cometido um pecado, essa queda vai fazer de você um eterno condenado pelas pessoas e por Jesus. Porém, é exatamente nesse momento que você não pode pensar dessa forma e parar de buscar a Deus, porque como diz o evangelho, quanto mais doente você estiver, mais perto de você Jesus vai estar. Essa é a VERDADEIRA MISERICÓRDIA DE DEUS. O que o inimigo quer é que você se entregue à autocondenção e desista de buscar a reconciliação com Jesus e com os irmãos, mas você não pode ceder a essa tentação do inimigo e permanecer caído, doente, pecador, NÃO! Você precisa olhar para o alto, levantar-se e libertar-se do pecado que te condena, pois Jesus não te condena, Jesus te ama e quer te salvar.

Não se entregue ao pecado, não tenha medo nem vergonha de voltar aos pés da cruz do Senhor para ser lavado pelo Seu sangue curador e salvífico. Jesus veio para os pecadores que é cada um de nós. Então, não permitamos que o pecado nos afaste de Deus e sim que ele seja meio de conversão e mudança de vida!!!!

 

 

Deus abençoe a todos!!!!

 

 

Rosa Camila.

rosac12@hotmail.com

 



sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

É preciso se aproximar de Jesus (Mc 2,1-12) (18/01/08)

É preciso se aproximar de Jesus

        Este pequeno trecho do Evangelho de São Marcos é a síntese dos ensinamentos de Jesus Cristo: "Amar à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos". Durante nossa caminhada na vida terrena, a procura a Jesus Cristo deve ser uma constante, e mais meritória ainda é a ação de levarmos nossos irmãos a Jesus, mesmo que para isso tenhamos que chegar às ultimas conseqüências, transpondo barreiras e empecilhos que se apresentam para dificultar a realização dos nossos objetivos. A proximidade de Jesus Cristo nos dá a certeza de que nossas necessidades serão supridas, mesmo que nós não a peçamos, porque além de sua infinita misericórdia estar sempre atuante, nós somos instrumentos para Ele manifestar poder e divindade, como aconteceu com o paralítico de Cafarnaum. Quando chegamos a Jesus, a nossa luta é permanecermos junto a Ele, através da perseverança na fé, que é obtida pela contínua oração, freqüência aos sacramentos e ações positivas em nossas vidas.

 

José Machado Filho

jose.machado@t-systems.com.br



quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Para quem não se acha digno de Jesus (Mc 1,40-45) (17/01/08)

Para quem não se acha digno de Jesus

        Hoje, de tantos pontos interessantes desta passagem do Evangelho de São Marcos, eu gostaria de me deter a um ponto que quase passa imperceptível. Está nos dois primeiros versículos: "Um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: 'Se queres, tens o poder de curar-me.' Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero! Fica curado!'"

        Quis falar somente sobre este assunto porque é algo que pode salvar muitas pessoas hoje!

        No tempo de Jesus, os judeus seguiam normas rígidas, que proibiam os leprosos de viverem nas cidades. Se um leproso tivesse que entrar na cidade, deveria vir avisando de longe, gritando, para que as pessoas abrissem caminho e nem chegassem perto, para não se contaminarem. Caso não pudessem gritar, já que a lepra também podia atacar a língua e os músculos da fala, o leproso tinha que bater numa espécie de frigideira para avisar aos outros que ele estava chegando. Existiam colônias de leprosos, afastadas das cidades, nas quais esses indivíduos passavam a morar. Seus parentes levavam comida e roupas para eles, mas não ficavam lá, porque quem os tocasse, ficaria "contaminado" com as suas impurezas.

        Naquele tempo, chamavam de lepra qualquer problema de pele, como manchas, descamações e degenerações de pele, pois não tinham meios para diferenciar as diversas doenças possíveis, dentre elas, a que conhecemos hoje como hanseníase.

        Para aquele leproso, se aproximar de Jesus não deve ter sido fácil. Ele era marginalizado da sociedade. Os olhares que as pessoas dirigiam a ele eram como flechas, acusando e julgando que aquela doença era um castigo de Deus aos seus pecados, ou aos de seus pais. Para muitos, viver assim é pior que morrer... Pior que viver sozinho, é viver sob o preconceito e o desprezo de todos.

        Mas aí vem a boa notícia: Jesus veio para libertar a todos. Antes se dizia: "Quem tocar algo ou alguém impuro, também ficará impuro." Mas com Jesus acontece diferente: Ele toca o leproso, e o leproso fica curado. O PURO toca o impuro, e este se purifica.

        Então, meu irmão, se você se acha indigno de receber a graça que você tanto precisa, faça como o leproso de hoje. A situação dele era pior que a sua. Aproxime-se de Jesus, ajoelhe-se diante dEle, e peça humildemente aquilo que você precisa. E tenha certeza que Jesus estará pensando e curando suas feridas.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Jesus quer nos curar (Mc 1,29-39) (16/01/08)

Jesus quer nos curar

        O Evangelho de hoje começa assim: "Naquele tempo..." e narra um fato acontecido na época. Porém, Deus com sua onisciência e onipresença, desejou estar conosco nos dias de hoje, e nos convida a receber Jesus em nossas casas, pois Ele quer nos curar. Sabemos que muitas de nossas enfermidades têm ligação direta com a capacidade de somatizar problemas, tomando pra si toda responsabilidade e não agüentando esperar o tempo de Deus em nossas vidas.

        Ele veio para os doentes, não para os sãos. Quais são suas enfermidades físicas e espirituais? Convide Jesus a adentrar em sua casa física e espiritual (o coração), e permita-O realizar todos os prodígios e milagres necessários para fazer levantar, andar, e servir ao próximo por gratidão a Deus.

        Observação: Simão pediu pela sogra, viu? E quantos não querem nem ver a sogra? Já usaram a palavra "odeio" contar ela, esquecendo que um coração cheio de ódio não consegue ser feliz. PERDOEMOS! E peça por sua sogra a Jesus. (rsrsrsr)

        Outra passagem neste Evangelho que deve nos saltar aos olhos é que Jesus depois de curar a sogra de Simão, foi para frente da casa e realizou outras curas. Ele estava descansando, porém sabendo que a missão é árdua, levantou-se de madrugada (ou seja, não tem hora para rezar) para rezar e abastercer-se para poder ter o que 'dar' aos outros. E hoje, muitos de nós estamos oferecendo migalhas aos outros, pois não paramos para rezar e nos abastecer. É preciso Cristo viver em nós, e para isso, deixa Jesus te consolar e te curar.

 

Deus te guarde,

  

Raoni Mendes

raonimendes@hotmail.com



terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A autoridade de Jesus (Mc 1,21b-28) (15/01/08)

A autoridade de Jesus

        No Evangelho de hoje, Jesus continua entrando nas sinagogas para ensinar aos sábados, só que agora já leva consigo os discípulos. E o acontecimento que chama atenção, hoje, é a presença de uma pessoa com um espírito mau, que vem perguntar a Jesus o que Ele quer. E o tal espírito reconhece Jesus como o Santo de Deus.

        Jesus apenas ordena ao espírito mau que "cale-se e saia dele". O espírito sacode o homem e deixa-o. As pessoas ficam admiradas ao verem que além da autoridade ao ensinar, Jesus também tem autoridade sobre os espíritos maus.

        No tempo de Jesus, os espíritos maus tinham um modus operandi diferente de hoje. Naquele tempo esses espíritos assustavam as pessoas no ponto fraco delas: o medo do desconhecido e do sobrenatural. Nos dias de hoje, com o avançar da ciência e do conhecimento, muitos fenômenos como a histeria, a convulsão e a esquizofrenia têm explicação na medicina e na psicologia. Os espíritos maus atuam hoje de forma mais sutil, mais discreta: abalando as bases familiares. A relação pais-filhos vem sendo minada por vários fatores: o ritmo de vida acelerado, a falta de tempo, diálogo e carinho, a influência da televisão, cinema, computador e videogame nas mentes sem senso crítico para filtrar o que é certo e errado. Os espíritos maus de hoje são a falta de respeito entre pais e filhos, a preguiça e acomodação, a falta de auto-estima que gera a carência e torna nossas crianças e adolescentes vulneráveis às más influências... E Jesus também tem autoridade sobre esses maus espíritos! À medida que os ensinamentos de Jesus passam a fazer parte do cotidiano dos pais e dos filhos, os espíritos maus não encontram mais espaço, pois é o Espírito Santo quem conduz os pensamentos e os atos de todos e de cada um.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O 'recrutamento' (Mc 1,14-20) (14/01/08)

O "recrutamento"

        Hoje começa o Tempo Comum da Liturgia Católica. E esse início é marcado pela prisão de João Batista e pelo começo da vida pública de Jesus, na qual Ele pregava dizendo que "o tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo!"

        Mas Ele percebeu que precisava "treinar" pessoas para continuarem sua missão quando Ele se fosse, e por isso passou a "recrutar" seus discípulos. E os primeiros foram os irmãos Pedro e André, e logo em seguida João e Tiago. Eles eram pescadores e estavam trabalhando quando Jesus chamou-os, mas eles largaram imediatamente o que estavam fazendo e seguiram Jesus. Conhecendo a Bíblia e sabendo que esses discípulos conheceram Jesus antes de João Batista ser preso, podemos juntar as pecinhas e deduzir que é como se esses discípulos já estivessem aguardando ansiosamente Jesus chamá-los para dizer que havia chegado a hora de começar a anunciar o Reino dos Céus a todos os povos!

        E nós? Somos chamados, cada um de uma forma diferente, para desempenhar uma missão única em favor da divulgação do Reino dos Céus. Ele está próximo! Muito mais próximo do que imaginamos! O Reino dos Céus começa aqui, dentro de nós! Mais próximo impossível! Mas primeiro precisamos amadurecer esse Reino dentro de nós para depois poder passá-lo adiante. E sobre isso, Ricardo Sá escreveu o texto "Como sei que sou maduro afetivamente". É uma boa sugestão de leitura, e certamente fez parte do "treinamento" dos seus discípulos.

        Peçamos a Deus que nos envie o Espírito Santo para nos dar a coragem de seguir Jesus, e colocar o Reino dos Céus como meta na nossa vida.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



domingo, 13 de janeiro de 2008

O Batismo de Jesus (Mt 3,13-17) (13/01/08)

O Batismo de Jesus (e o nosso)

        Hoje a igreja celebra o Batismo de Jesus, e alguns aspectos são marcantes para a nossa reflexão. Primeiramente, precisamos ter uma boa idéia do que seja o Batismo.

        Batismo é o primeiro dos Sacramentos da nossa igreja católica. Ao pé da letra, batismo significa imersão. Na simbologia da nossa igreja, o batismo é o ato que nos transforma de criaturas em filhos de Deus. Por tradição, é feito quando ainda somos bebês de colo, já que se temia que as crianças morressem antes de serem batizadas e não fossem consideradas filhas de Deus, e conseqüentemente não irem para o céu. Quando já estamos mais crescidos, "conscientes" dos nossos atos, recebemos o Sacramento da Confirmação (ou Crisma), no qual afirmamos ter plena consciência da nossa filiação divina, bem como da nossa responsabilidade advinda dessa filiação.

        Na época de Jesus, o Batismo era realizado na idade adulta, e significava algo que eu gostaria que cada um de nós parasse um pouco para refletir: a purificação dos pecados. Lembre-se que as pessoas iam a João Batista para se confessar e receber o batismo. Veja que simbologia interessante... A pessoa confessava os pecados, e se dirigia para o Rio Jordão, onde era mergulhada por João Batista. Era como se fosse um RENASCIMENTO! Observe: O mergulho lava a sujeira física, e leva a pessoa de volta ao ventre da mãe (onde também estávamos mergulhados no líquido amniótico), que é o lugar onde ninguém tinha pecado. Da mesma forma que nascemos sem pecado, ao renascermos pelo Batismo, também nascemos limpos de qualquer pecado, e preparados para uma VIDA NOVA! Então...

        Por que Jesus foi se batizar? Ele não tinha nenhum pecado! Já era o Filho de Deus! Ele foi se batizar para nos dar o exemplo! Se até Ele se fez humilde a ponto de se colocar na fila dos pecadores, quem somos nós para nos acharmos perfeitos? Ao ser batizado, Jesus começou uma nova etapa da sua vida, e Ele parou de dizer que ainda não era a sua hora. A partir do Batismo, Jesus começou a sua peregrinação pela Palestina, para anunciar a chegada do Reino dos Céus.

        Neste início de ano, somos todos convidados a começar, junto com Jesus, uma nova etapa nas nossas vidas. Devemos nascer de novo, no Batismo da água e do Espírito, para fazer desse ano, O Ano do re-início da nossa vida.

 

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



sábado, 12 de janeiro de 2008

É preciso que eu diminua para Cristo crescer em mim (Jo 3,22-30) (12/01/08)

           É preciso que eu diminua para Cristo crescer em mim.

 

Ao ler o evangelho do dia de hoje, recordei muito fortemente do meu período de formação. Já tenho oito anos de caminha em Cristo e todos esses anos foram importantíssimos para a minha formação humana e espiritual. Em certa fase da minha caminhada eu tive um formador que foi muito importante para mim e que me ensinou muita coisa, dentre elas, a capacidade de ser humilde, de reconhecer minha pequenez, de apreciar as coisas simples da vida e de ser temente a Deus. No evangelho de hoje João nos ensina que tudo que recebemos e temos vem do céu, ou seja, tudo o que temos veio de Deus e precisamos reconhecer isso e agradecer ao Senhor todos os dias de nossas vidas através do louvor e da oração.

Mais na frente João diz: 'Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele'. 29É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. 30É necessário que ele cresça e eu diminua".  E com essas palavras nos revela com clareza que sempre em nossos gestos devemos pedir que a nossa humanidade diminua e que o amor de Cristo cresça em nossos corações de forma a nos deixar plenos de alegria em poder servir ao Senhor e ser instrumento do Seu reino aqui na terra. Precisamos batizar no Espírito Santo como João estava fazendo, mas mais do que isso, precisamos ter a consciência de que quem está batizando é o próprio Deus!!!

Peçamos a Deus no dia de hoje um coração mais humilde, pois a humildade nos faz crescer como pessoa. Diminuir no evangelho de hoje significa ser grande para Deus.

Deus abençoe a todos!!!!

 

 

Rosa Camila.

rosac12@hotmail.com

 

 



sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Os pilares dos nossos pedidos a Deus (Lc 5,12-16) (11/01/08)

Os pilares dos nossos pedidos a Deus

Trecho de Evangelho de poucas palavras, porém, de uma profundidade teológica. Dois pontos se destacam e devem ser os pilares nos nossos pedidos a Deus. Primeiro a fé demonstrada pelo leproso reconhecendo o PODER de Jesus em aliviar seus sofrimentos. Se não confiarmos plenamente nesse PODER, não teremos a certeza de que poderemos ser atendidos. O segundo ponto é nos submetermos à vontade de Deus, acreditando que ELE, em sua infinita misericórdia, saberá como e quando atender nossos pedidos. Na maioria das vezes, Ele atende muito mais do que solicitamos.  Nós somos tentados em nossos pedidos a dar a "fórmula" como queremos ser atendidos e essa "fórmula" nem sempre é a mais adequada aos planos de Deus e nem a que nos leva à verdadeira felicidade.

 

José Machado Filho

jose.machado@t-systems.com.br

 

Obs.: José Machado Filho mora em São Bernardo do Campo/SP, e enviou essa reflexão na terça-feira (08/01/08) para o meu e-mail, na intenção de compartilhá-la conosco. Agradeço imensamente a participação e reafirmo o convite a você, José Machado, e a todos que se sentirem inspirados a colaborar, enviando sua reflexão do Evangelho. Sintam-se sempre convidados.

Jailson Ferreira.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Por que era tão bom ouvir Jesus? (Lc 4,14-22a) (10/01/08)

Por que era tão bom ouvir Jesus?

        O Evangelho de hoje nos fala do início da vida pública de Jesus, quando Ele começou a pregar nas sinagogas da região da Galiléia, e particularmente em Nazaré, cidade onde Ele foi criado.

        Observe que o Evangelho já começa dizendo que "Jesus voltou para a Galiléia". O que significa dizer que Ele estava em outro(s) lugar(es). Particularmente, eu não duvido que Jesus tenha viajado bastante, e conhecido vários lugares, culturas e pessoas diferentes. Acredito que em sua vida terrena, nos anos não-narrados pelos evangelistas, Ele tenha aprendido muito mais do que ensinou. Afinal, para falar tão bem como Ele falava, era necessário conhecer tudo sobre o Reino dos Céus, sobre o Deus Pai, e sobre o ser humano em si, seus sentimentos, suas limitações, suas imperfeições...

        Outro ponto que torna Jesus tão especial como pregador é que Ele foi o primeiro profeta a trazer a imagem do Deus Pai, e não daquele Deus vingativo, que pune o pecador e a sua descendência com doenças e desventuras. Você já assistiu alguma pregação em que a pessoa só falava nos pecados, castigos, no inferno, no inimigo e de coisas ruins? Certamente deve ter saído desta palestra bem "pesado"... Com medo de fazer qualquer coisa que Deus desaprovasse...

        Nestas primeiras pregações de Jesus, quando Ele ainda nem tinha discípulos, Ele deve ter falado muito sobre a VERDADEIRA FELICIDADE, que está em fazer a vontade do Pai, mas não por ser obrigado a fazê-la, e sim por se sentir bem em fazê-la. Por que as pessoas gostavam tanto de ouvi-lo falar? Provavelmente porque Ele ensinava as pessoas a serem felizes! Não ficava impondo vários "nãos", mas falava de Amor, e quem ama, tudo pode.

        Amemo-nos uns aos outros, assim como Ele nos amou. Só assim seremos felizes.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Deixemos Jesus falar (Mc 6,45-52) (09/01/08)

Deixemos Jesus falar

        Tudo na palavra de Deus tem uma simbologia muito marcante! É preciso estar atentos e pedir o dom da sabedoria para bem compreendermos. Jesus, hoje, sacia todo povo que o procura. Agora, aos seus discípulos, Ele "obrigou" a ir para o outro lado da margem. Muitos de nós fomos saciados por Jesus, porém tivemos sede e fome constante Dele, com isso Ele nos convida a evangelizar para saciar outras almas. E hoje no evangelho os discípulos sentiram dificuldades? Quais foram? Será que não são as mesmas que as nossas? Quem os ajudou na hora do cansaço, quando não tinham mais forças de enfrentar os "ventos" contrários? Talvez, muitos de nós, pelo imediatismo que nos ensinam, queremos ver os resultados de nossas evangelizações de forma rápida e prática e no primeiro vento contrário, já nos cansamos, não pedimos socorro, e pensamos em desistir. Mas quando deixamos Jesus falar, ah, aí é bem diferente.

        E veja se não acontece conosco o que acontece com os discípulos. Jesus foi ajudá-los e eles pensaram que era um fantasma e começaram a gritar, portanto o medo que eles tinham colocou pra fora com um grito, nem hesitaram. Às vezes se faz necessário "gritar" para expulsar os nossos medos. Contudo, Jesus veio em auxilio e falou uma frase que nos deve sustentar por toda nossa vida: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo!". Amigos, se Deus é por nós, quem será contra nós.

        Temos que esta frase de Jesus ecoe em nossas vidas, e que nos dia de hoje, em nome de Jesus, caia por terra todo pessimismo, cansaço, decepção, mágoas, vaidade, ódio, rancor, todos os ventos contrários que nos impedem de servir ao Senhor dos exércitos, o Deus altíssimo, nosso Senhor Jesus Cristo.

        Deixemos Ele falar.

 

Com carinho,

Raoni Mendes

raonimendes@hotmail.com