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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sugestões de reflexões para a semana (26/10/09 a 01/11/09)

        Esta é uma semana em que as leituras estão bem variadas. Apesar da maioria das leituras ser dos capítulos 13 e 14 de Lucas, os temas dessa semana falam de milagres, fé, oração, coragem, humildade e o domingo é coroado com o Sermão da Montanha.

        Temas para todos os gostos!

        Não é possível que, com tantos assuntos, pelo menos um não seja direcionado para o que estamos passando agora!

        Muito obrigado pelos comentários nas reflexões. Esse incentivo é muito importante para nossa perseverança.

        Boas leituras e boa semana.

 

Segunda-feira (26/10/09) (Lc 13,10-17)

- A mulher encurvada (Salviano)

- Você sabia que existem doentes que não querem ficar curados? (Jailson Ferreira)

 

Terça-feira (27/10/09) (Lc 13,18-21)

- O grão de mostarda (Salviano)

- Jesus costumava desafiar a própria inteligência (Jailson Ferreira)

 

Quarta-feira (28/10/09) (Lc 6,12-19)

- A escolha dos discípulos (Salviano)

- Oração e discernimento (Manuele Jardim Pimentel)

- Planejamento e Oração, Liderança e Firmeza de ânimo (Jailson Ferreira)

 

Quinta-feira (29/10/09) (Lc 13,31-35)

- Herodes quer matar Jesus (Salviano)

- "Revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo." (Ef 6,1-11) (Juninho)

- Quem tem coragem de seguir Jesus rumo à Jerusalém? (Jailson Ferreira)

 

Sexta-feira (30/10/09) (Lc 14,1-6)

- Outra cura no sábado (Salviano)

- Será que nós acolhemos ou excluímos? (José Machado Filho)

 

Sábado (31/10/09) (Lc 14,7-11)

- Quem se exaltar será humilhado (Salviano)

- "Porque todo aquele que se exaltar, será humilhado; e todo aquele que se humilhar, será exaltado." (Rosa Camila)

- Humildade: Questão de Educação (Jailson Ferreira)

 

Domingo (01/11/09) (Mt 5,1-12)

- O Sermão da Montanha (Salviano)

- Bem-Aventuranças (Salviano)

- Quem não recebe as recompensas humanas recebe as recompensas de Deus! (Manuele Jardim Pimentel)

- O Sermão da Montanha (Parte I) (Jailson Ferreira)

- O Sermão da Montanha (Parte II) (Jailson Ferreira)

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



O grão de mostarda (Lc 13,18-21) (27/10/09)

        Jesus explicou  os discípulos sobre o que Ele estava para enfrentar, usando de duas comparações ou o que podemos chamar de parábolas, apesar pequenas. Com essas figuras de linguagem, O Filho de Deus queria explicar aos seus amigos como seria a paixão e a morte de cruz, e, também, os convidava a não nutrir falsas expectativas a respeito da sua pessoa.

        Estas duas parábolas realçam os grandes resulta­dos que podem surgir de diminutos começos. O pe­queno grão de mostarda torna-se uma árvore que pode chegar a quase três metros de altura. Um pe­queno tablete de fermento ajuda a massa a aumentar várias vezes seu tamanho original. Jesus usa esses exemplos cotidianos para dar uma visão do Reino.  ­O Reino de Deus não pode ser descrito nem explicado em linguagem humana, mas o mundo está cheio de sinais dele. As parábolas nos dão lampejos de compreensão. Com essas duas parábolas aprendemos essencialmente que devemos esperar o começo do Reino nos menores acontecimentos e nas pessoas mais insignificantes aos olhos do mundo. Uma  mulher enferma, por exemplo, é sinal do Reino de Deus na narrativa anterior.

        Embora em geral tenha um único foco princi­pal, quase sempre uma intuição do sentido da existência que abala preconceitos comodistas, a parábola pode ser usada para outros fins. A Igreja primitiva via um outro significado na grande árvore de mostarda e nos pássaros, à medida que a prega­ção do Evangelho se espalhava e os pagãos eram aceitos na comunidade cristã. E a idéia do fermento levaria naturalmente à comparação com a influência cristã no mundo.

 

Sal

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A escolha dos discípulos (Lc 6, 12-19) (28/10/09)

        Antes de escolher os 12 discípulos entre muitos outros que o seguiam, Jesus permaneceu a noite inteira falando com o Pai. Rezando. 

        Porque doze? Era tradição das comunidades oriundas do judaísmo escolher doze homens os quais exerciam a liderança da igreja.  Jesus, respeitando a tradição, escolheu 12 discípulos.

        Os doze apóstolos. Lucas coloca a es­colha dos Doze imediatamente antes do "Grande Sermão", de modo que ela assume o caráter de uma instrução oficial para toda a Igreja reunida sob seus chefes. A importância da decisão de Jesus ao escolher os Doze é sublinhada pela menção de sua vigília durante a noite toda. Ele reúne todos os dis­cípulos, escolhendo dentre eles o grupo central. Três deles já encontramos  antes e encontraremos de novo (Pedro, Tiago e João), outro desempenhará um gran­de papel mais tarde (Judas Iscariot); mas os restan­tes são mencionados apenas aqui pelo Evangelho de Lucas. O fato de haver Doze é importante em si, porque esses chefes cristãos devem governar o Israel renovado no lugar dos patriarcas de outrora confira em (Lc 22,29-30).

        Os Doze são chamados "apóstolos", da palavra grega apostellõ, que significa "enviar". André é agora mencionado junto com Simão Pedro, seu irmão depois os irmãos Zebedeu. Filipe e Tomé são conhecidos do Evangelho de João. Sobre Bartolomeu e Tiago, filho de Alfeu, o Novo Testamento não nos diz mais nada. Mateus é chamado "coletor de impostos" em Mt 10,3. O segundo Simão é chamado "Zelote", título que o alinha com os nacionalistas judeus que tramavam a expulsão dos romanos daquele território invadido e dominado. Judas, filho de Tiago, também é mencionado no Evangelho de João (Jo 14,22), mas, além disso só nos escritos de Lucas (J, 13), onde assume o lugar de Tadeu na lista tradicional (Mc 3,18; Mt 10,3). É provável que sejam dois nomes para a mesma pessoa. O significado de "Iscariot" é motivo de especulação; talvez seja "originário de Keriot" (povoado da Judéia).

        Jesus reza antes de tomar a grande decisão da escolha dos 12 discípulos que seriam com exceção de Judas as pilastras mestras da Igreja Católica, os primeiros sacerdotes  sendo que um deles seria o primeiro Papa.  Será que Cristo precisava mesmo fazer isso? Passar a noite inteira em oração? Ou só o fez  para nos dar o exemplo?  Seja como for, Ele passa a noite inteira falando com o Pai, explicando, pedindo, decidindo, e sabe lá o que mais. E no outro dia, não estava sonolento, pois sua natureza divina o satisfazia do sono assim como da fome, da sede, conforme o caso.  

        E você? E eu? E nós?  Prezados irmãos. Quantas noites já  passamos em oração?  Será que rezamos antes de uma grande decisão como, por exemplo... quando vamos pedir  a mão daquela moça em casamento?  Ou quando vamos escolher os padrinhos para nossos filhos?  Sabe, muitas vezes até nos esquecemos de Deus nas nossas escolhas e decisões. E mais tarde, quando  a vaca vai para o brejo, quando descobrimos que fizemos a escolha errada, é que nos lembramos de Jesus, é quando nos lembramos de rezar. É, somos assim, às vezes nos sentindo auto-suficientes achando que não precisamos de Deus, e em seguida quando tudo começa a desandar, caímos em nós e baixamos a crista, reconhecendo a nossa fraqueza, nossa estupidez e talvez nossa pouca fé.  

 

Sal

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Herodes quer matar Jesus (Lc 13,31-35) (29/10/09)

        Vejam a que ponto chegou a falsidade dos fariseus. Fingir que estavam preocupados com a vida de Jesus. Não dá para acreditar. Mas O Mestre que via seus interiores, o que pensavam e sentiam, logo percebeu  que se tratava de um recado de Herodes. Sendo assim, Jesus manda a resposta. "...Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém."

A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam vencer por intimidação de espécie alguma.

        A atitude dos fariseus que fazem a advertência sobre Herodes não é descrita, mas a intervenção deles deve ser enten­dida como hostilidade em vez de ajuda a Cristo. Herodes poderia ter demonstrado o desejo de pôr o desordeiro para fora da Galiléia. A referência de Jesus a "essa raposa" talvez seja um jeito de reconhecer a esperteza na ameaça que o apressa para o lugar onde tradicionalmente os profetas en­contraram a morte. Jesus descreve duas vezes sua missão em termos de três dias, que aqui Lucas menciona como prenúncio da ressurreição: " ... e no terceiro dia chego ao termo". O tema da tarefa de atribuição divina é muito forte. Não importa o que os governantes  humanos queiram, Jesus tem de se­guir o plano estabelecido. Também está subentendi­da a advertência de que Deus não permitirá interfe­rência neste plano, embora reis tenham permissão para colaborar em sua execução. O confronto entre os profetas e os inimigos aconteceu muitas vezes em Jerusalém e até no Templo. Embora historicamente os homicí­dios não tenham acontecido exclusivamente em Jerusalém.

        Prezados irmãos, o nosso trabalho missionário hoje em dia também deve estar desvinculado de qualquer governante humano.  Nenhuma paróquia, nenhum ministro de Deus, deve por bem, ser partidário deste ou daquele político. É claro que temos as nossas preferências, votamos neste ou naquele candidato. Mas não devemos misturar seus programas de governo com a mensagem de Cristo, por mais que o candidato seja pelos pobres, por mais que esteja fazendo um governo inteligente, por mais que esteja olhando pelos excluídos e por isso rejeitado pela elite. É uma pena, mas temos de ser imparciais.

        Já sei o que você está pensando. A Igreja no seu início era atrelada ao Estado Romano. Sim. E ao que parece, fazia parte do plano de Deus para a divulgação do Cristianismo nascente. Podemos dizer que a Igreja ou o Cristianismo voou nas asas do Império Romano, assim como aconteceu aqui no Brasil de Cabral até a separação da Igreja e do Estado.

 

Sal.

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Outra cura no sábado (Lc 14,1-6) (30/10/09)

        Outra cura no sábado. Pela terceira vez Lucas apresenta uma cena com Jesus na casa de um fariseu. É provável que o ho­mem com hidropisia, doença que faz o corpo inchar com excesso de fluido, fosse um dos convivas. A possibilidade da cura de um amigo deveria ter pro­vocado o anfitrião e seus convidados  ao menos discutir a conveniência dessa cura no sábado, mas todos ficam em silêncio. Então, Jesus cura o homem. Tenta abrir as mentes dos ouvintes, mostrando o absurdo de negar a cura com base em uma lei do sábado.

        Porém, desta vez, Jesus não foi tão agressivo. Afinal, era uma refeição de confraternização. Por outro lado, o homem doente, ao que  parece, talvez fosse da família do fariseu. O que justifica a atitude de silêncio diante dos argumentos do mestre com relação ao cumprimento cego, fanático e exagerado da Lei, atitude essa que O Mestre não aprovava e fazia questão de desobedecer fazendo curas no sábado.

        Jesus mais uma vez teve pena daquele homem que sofria com a referida doença.

        Prezados irmãos. Tenhamos a certeza de que Jesus também tem pena de nós que sofremos. Seja por doença, seja por injustiça, seja pela falta do dinheiro necessário para comprar alimento, roupa, abrigo, etc. Então, em vez de nos desesperar, de nos revoltar com o nosso Pai, pelo fato de nos acontecer essas coisas, vamos nos apegar cada vez mais a Ele, rezando com fé e pedindo a solução dos nossos problemas dessa vida passageira.

 

Sal.

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Quem se exaltar será humilhado (Lc 14,7-11) (31/10/09)

"Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado. "

        É mais ou menos como  "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros".

        Jesus está nos recomendando para que não queiramos  parecer os melhores, os mais importantes, pois quando aparecer alguém realmente importante, ficaremos envergonhados.  E aqueles que se comportam com humildade, podem ser convidados a fazer parte do grupo das pessoas importantes. Isso é coisa comum que pode ocorrer na nossa vida, no nosso dia a dia. Jesus, que foi o maior psicólogo da face da Terra, pois conhecia como ninguém o funcionamento da mente das pessoas, nos orienta e nos alerta para que não passemos por situações desagradáveis.

        E aqui vamos fazer um lembrete importante para todo aquele que pretende explicar a palavra de Deus, através de homilias e reflexões. Seria indispensável, conhecer psicologia para entender a natureza humana como as pessoas agem e reagem. Assim, estaremos imitando um pouco aquele que fez os melhores sermões.  Jesus Cristo.

        Se exaltar é também querer ser melhor que os demais, agindo com arrogância, e intolerância às deficiências físicas, sociais e mentais.  Deficientes físicos são todos aqueles que tiveram sua locomoção prejudicada por  algum problema no seu corpo principalmente nos ossos; Deficientes sociais, são todos os que não possuem recursos o suficiente para ter uma sobrevivência decente, são os pobres;  Por deficientes mentais entendemos  aqueles que nasceram com Q.I. (Quociente de Inteligência) abaixo de 80, e que nem sempre respeitamos, e, pelo contrário, são motivos de chacotas e de piadas.

        Essas pessoas tentam sobreviver como todo mundo e logo chegam a conclusão que não conseguem resolver os problemas não só de matemática, mais também os demais problemas que a sobrevivência se nos apresenta.

        Já no tempo de escola a sua família fica triste ao perceber que aquela criança não consegue entender as lições com os demais alunos. Porém, a referida criança nesta faixa etária, ainda não tomou consciência da sua deficiência, e brinca quase que normalmente.

        Já na adolescência, começa o seu sofrimento ao ser discriminado(a) pelos colegas, ao ser criticado, ao ser chamado constantemente de "burro". Isso o faz sofrer muito, e não quer mais ir para a escola.

        À medida que vai crescendo, seu complexo de inferioridade vai aumentando, e sua autoconfiança sempre diminuindo. Se arruma algum emprego não consegue  manter-se no mesmo. Pois comete erros fatais que acarretam prejuízo na firma ou na empresa.

        Aí veio a fase adulta. Solidão, desemprego, falta de dinheiro para comprar as coisas que todo mundo compra, revolta contra Deus por tanto fracasso,  por ter nascido daquele jeito, deficiente mental, e muita agressividade com todos.

        Está aí porque você nunca vê o mendigo rezando. Ele fica na porta da igreja por muito tempo. Quando encerra seu "expediente", ele vai embora, digo, muda de lugar, sem sequer entrar no templo para falar com Deus. Isto porque aquela criatura está magoada, revoltada com o Criador, como um filho fica de mal com seu pai que não o deixou ir ao baile, ou que não lhe deu a maior parte da herança, sei lá o que mais...

        Que podemos fazer por essas pessoas? Provavelmente existe um deles em nossa própria família. São pessoas dignas de dó, e que deixam os pais muito infelizes, ao saber que quando morrerem vão deixá-lo  nesta vida sem ninguém para tomar conta. Neste caso fica difícil "não se preocupar com o dia de amanhã". Os pais ás vezes sofrem mais que o referido filho(a) portador deste tipo de deficiência.  

        Por vezes morremos de dó, já outras vezes ficamos irados por causa da agressividade desse tipo de pessoas que colocam a culpa dos seus fracassos sempre nos outros e em Deus. Os pais dão todas as coisas que precisa para sobreviver, e horas depois aquela pessoa está agredindo os pais pelos motivos mais banais, como por exemplo, jogando na cara dos pais alguma coisa que eles disseram para o seu próprio bem.  Às vezes os pais acabam também desanimando, e só o que lhes resta a fazer como ajuda ao filho(a) deficiente mental é rezar. Rezar muito. Muito mesmo!

 

Sal.           

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O sermão da montanha (Mt 5,1-12a) (01/11/09)

        O Sermão em que Jesus proclama as bem-aventuranças, é dividido em oito partes, sendo que as quatro primeiras dirigem-se aos que sofrem opressão e exploração do sistema social, esperando a intervenção libertadora de Deus. São os pobres que choram e esperam por justiça. As quatro últimas apontam para aqueles que se empenham em uma prática transformadora do mundo. São os misericordiosos que se solidarizam com os sofredores; os que são desapegados das riquezas e bondosos para com os mais necessitados; os que promovem a vida e a paz, comprometendo-se com a luta pela implantação da justiça característica do   seguimento de Jesus.

       Nas quatro primeiras bem-aventuranças Jesus fala para aqueles que sofrem por algum tipo de deficiência, física(aleijados), mental(pouca inteligência), ou social (injustiça).

       Assim, os pobres de espírito são aqueles que sabem que não são do mesmo nível social e mental que aqueles com os quais convivem, e apesar disso não se revoltam, estão conformados consigo mesmos, sofrem com paciência e apego com Deus. Esses um dia terão o céu garantido pelo próprio Jesus Cristo. Mas porque essas pessoas existem se Deus é amor, poderoso e bom?  Elas existem para que possamos praticar a caridade. Sem elas como poderíamos ser caridosos partilhando um pouco do que temos através da esmola?

       Os que choram humildemente  por algum tipo de sofrimento terreno tem os seus pecados perdoados e serão consolados na Vida Eterna.

       Os humildes, aqueles que não se revoltam contra o Pai, aqueles que aceitam sem reclamar a sua posição em relação aos poderosos e até servem os ricos, limpando sua sujeira, preparando sua comida, cuidando dos seus bens, e que nem sempre recebem o que merecem em forma de pagamento. Jesus prometeu que Deus vai lhes recompensar por tanto prejuízo.

       E os que são caluniados e injustiçados pelo fato de servirem a Deus e ao Reino, não se preocupem. Pelo contrário, fique feliz, porque na Vida Eterna, tudo será diferente. Tudo vai ser recompensado como Jesus prometeu. Tudo será transformado em alegrias infindas.

       Os outros quatro tipos de pessoas são aqueles que se compadecem dos pobres, e dos deficientes de vários tipos. São aqueles que se compadecem de fato e não só de palavras. São misericordiosos e tratam os excluídos com justiça, bondade e às vezes com firmeza. Pois nem sempre  é bom dar comida na boca de quem pede. Nem sempre é bom dar o peixe, mais sim o anzol para ele ir pescar. Isso no caso dos preguiçosos, se bem que a preguiça também é um tipo de deficiência nata. Porém, quando a pessoa estiver mesmo caída, não tem jeito.  Assim, se tivermos misericórdia dessas pessoas, Deus também vai ter misericórdia de nós, segundo a  explicação de Jesus no Sermão da montanha.

       Aqueles de corações puros, que não tramam  nenhum mal para os outros, que não desejam o mal do próximo, que não cobiçam a mulher do próximo, que não levantam falso testemunho, que não falsificam documento para lesar o parente com relação à herança, que não pensam mal das pessoas, etc, esses verão a Deus. Que maravilha!

        E aqueles que evitam brigas, que separam os que estão brigando, que se esforçam para que haja paz, na família e na comunidade, na sociedade, e no mundo, serão tratados como filhos de Deus.

        E os catequista, padres, freiras, ministros e todos aqueles que levam a mensagem de Cristo às pessoas, e por isso são caluniados, injustiçados, e perseguidos, não liguem para tudo isso! Não se preocupem!  Pelo contrário, fiquem alegres, porque grande será a nossa recompensa  no Céu! E é bom repetir aqui o que Jesus disse em outra ocasião, para aqueles que derem esmola. "Quem dá 1,0 na Terra, receberá 100 no Céu" Este, com certeza, é o melhor investimento, o melhor tesouro que podemos acumular.

 

Sal

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A mulher encurvada (Lc 13,10-17) (26/10/09)

         Na verdade, não se tratava de demônio, propriamente dito, o problema daquela mulher, mas sim, um grande desvio na coluna vertebral, que a mantinha arqueada.  É que no tempo de Jesus, acreditava-se que quando a pessoa estava doente, ela estava possessa de um demônio. E como Jesus respeitava a cultura daquele povo, Ele até falava que ia expulsar o demônio. Em seguida, curava a pessoa. Mesma coisa com relação à crença sobre os espíritos. O povo acreditava que não era o vento que balançava as folhas das árvores, mais sim, os espíritos. Foi por isso que Jesus respeitando aquela maneira de pensar das pessoas,  assoprou sobre as cabeças dos apóstolos e disse: "...recebam o Espírito Santo...".  E, também, quanto ao povo pensar que amamos e acreditamos com o coração, pelo fato deste aumentar as batidas com o aumento das emoções. Jesus, enquanto Deus, bem sabia que amamos e cremos com o cérebro, mas fazia questão de falar a linguagem daquelas pessoas,  se expressava também como elas, e dizia, por exemplo, "... aqueles de corações duros..."  entre outras.

          Cura e hipocrisia. Já foram apresenta­dos dois incidentes no sábado. A cura deste sábado está inserida aqui como exemplo da cegueira hipócrita descritos por Jesus. O chefe da sinagoga não vê o que está acontecendo bem diante de seus olhos - a chegada do Reino na libertação dessa mulher enferma depois de 18 anos de sofrimen­to. Está muito preso à letra da Lei para reconhecer seu espírito. Os fariseus permitiam cuidar dos ani­mais no sábado; por que negar a essa mulher um dom extraordinário de Deus? A reação do chefe da sinagoga é previsível: em vez de confrontar o fa­zedor de milagres, expressa sua ira no povo. O ato produz divisão; o julgamento já está acontecendo.

        Jesus liberta aquela mulher não do demônio, mas dos seus  dezoito anos de sofrimento.

        Vamos pedir a Jesus com muita fé para que nos liberte dos nossos sofrimentos. Os meus, os seus, cada um sabe onde o calo aperta todo dia. Cada um de nós tem os nossos "demônios" que nos limitam, nos escravizam, nos sucumbem  de dor, de perturbação, de aborrecimento, etc.  Jesus pode até demorar  para nos atender. Mas vamos insistir. Cada vez com muito mais fé, rezemos até merecermos a grande graça como aconteceu com aquela pobre mulher. A libertação do sofrimento.

 

Sal

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sugestões de reflexões para a semana (19/10/09 a 25/10/09)

        Esta é uma semana em que todos os Evangelhos nos cobram uma decisão. Precisamos nos posicionar enquanto esperamos a chegada de Jesus. Após tantos milagres e sinais, Ele pressupõe que nós já temos informações suficientes para fazer a escolha. E agora Ele quer de nós uma resposta pessoal. Você quer ou não se comprometer?

        Que as reflexões desta semana ajudem nessa importante decisão.

 

Segunda-feira (19/10/09) (Lc 12,13-21)

- A herança (Salviano)

- Sobre a ganância e o consumismo (Jailson Ferreira)

 

Terça-feira (20/10/09) (Lc 12,35-38)

- À espera do mestre (Salviano)

- Jesus sabia motivar seus Apóstolos! (Jailson Ferreira)

 

Quarta-feira (21/10/09) (Lc 12,39-48)

- A volta do Senhor (Salviano)

- Cuidado: se ler, depois não vai poder dizer que não sabia... (Jailson Ferreira)

 

Quinta-feira (22/10/09) (Lc 12,49-53)

- Jesus, motivo de discórdia? (Salviano)

- Decisão em Cristo (Kyara Nóbrega)

- Afinal, Jesus veio trazer a Paz ou a divisão? (Jailson Ferreira)

 

Sexta-feira (23/10/09) (Lc 12,54-59)

- Reconciliar antes do julgamento (Salviano)

- Sabedoria para fazer a justiça e para negar o orgulho (Manuele Jardim Pimentel)

 

Sábado (24/10/09) (Lc 13,1-9)

- Arrependimento e penitência (Salviano)

- Jesus quer que sejamos mais atentos ao tempo presente! (José Machado Filho)

- Por que as pessoas morrem precocemente? (Jailson Ferreira)

 

Domingo (25/10/09) (Mc 10,46-52)

- O cego de Jericó (Salviano)

- Aquele que não desiste e espera na fé, tudo alcança! (Manuele Jardim Pimentel)

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

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A herança (Lc 12,13-21) (19/10/09)

        Alguém pediu a Jesus que desse um jeito no seu irmão porque ele não queria repartir a herança. Jesus recusou o seu pedido dizendo que Ele não era juiz entre os dois naquele caso.

        Herança! Quantas brigas, quanta confusão, quanto egoísmo já não aconteceu, na hora de reparti-la entre os herdeiros. ´

        É um que tenta passar a perna no outro ficando com a melhor fazenda,  o mais esperto tenta lograr o mais humilde, o mais tímido se não se cuidar fica com a pior parte da herança.   Houve um caso em que o fazendeiro ainda nem tinha acabado de morrer, e os filhos já estavam brigando por que cada um queria ficar com as melhores terras. Quanto caso de falsificação de documentos que comprovam s direitos dos herdeiros. Quanto pecado de avareza!

        Às vezes não ouvimos coisas como essas nos sermões das missas, por precauções ou mesmo falta de vivência e experiência dos padres. Eles estudam muito, se preparam, são iluminados pelo  Espírito de Deus,  mais lhes falta a devida experiência vital para fazer uma abordagem cheia de certas coisas que acontecem  na nossa vida.

        Como vivem na dedicação plena do Reino de Deus, falta-lhes uma convivência maior com a vida, da convivência familiar, dos problemas financeiros, como o caso das questões envolvendo partilhas de heranças, etc.   Eles ficam sabendo dos problemas pelos fatos e boatos locais, pelo noticiário, pela sua magnífica experiência  de confessionário. Mas o problema é que só os justos e honestos é que se confessam. Aqueles que aprontam  e que já estão com a consciência moral embaçada pelo mal, nem chegam perto de um padre. Assim, muita coisa que deveria ser comentada na liturgia principalmente dominical, fica faltando não por incompetência do sacerdote, mais por várias razões alheias a sua boa vontade.

        Jesus hoje nos pede ou nos avisa, para nos guardar da AVAREZA. Porque não será feliz aquele que fica rico lesando o próprio irmão. Passando-o para traz no caso de uma divisão de herança, por exemplo.

        E  assim como a esmola é muito mais benéfica para quem a deu do a quem recebeu,  a fraude ou roubo disfarçado no caso de uma divisão de herança, vai fazer muito mais mal a quem fraudou, do que a quem foi lesado.   Isso parece  com dinheiro roubado, que é amaldiçoado. Tudo que se compra com ele parece que não dura muito. Dinheiro que vem fácil, desaparece  fácil.

        E Jesus é bem claro na sua advertência  para não acumular tesouros na Terra, e sim no Céu.  Porque "... as coisas, que ajuntaste, de quem serão.  Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus.

 

Sal

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À espera do mestre (Lc 12,35-38) (20/10/09)

                A espera pela volta do Mestre. A menção do Reino, do ladrão e do tesouro, Lucas está falando sobre a vinda do Filho do Homem no fim do mundo (parusia) e no Juízo. O desafio de estar sempre pronto para a volta do Mestre é fundamental a prova da fé. Jesus enfatiza de várias maneiras que o tempo da volta será uma surpresa. São feitas comparações com a volta um senhor depois das núpcias, quando a vinda certa, mas não o momento da chegada, e a vinda de um ladrão, quando nem mesmo a vinda é certa.

        Essas parábolas foram adaptadas à situação da Igreja primitiva, que sentia a demora da vinda, em espe­cial as instruções sobre os chefes da comunidade. Mas parábolas autênticas de Jesus está ­na raiz do discurso; por exemplo, nenhum discípulo teria criado a comparação do Filho do Home com um ladrão.

        O traje de trabalho lembra os preparativos para o Êxodo. O povo hebreu devia estar pre­parado para sair às pressas logo que viesse o chama­mento do Senhor. Os discípulos de Jesus devem estar preparados para "lhe abrir logo que ele chegar­".

        Prezados irmãos. Nós também devemos estar preparados e em estado de alerta, para abrir a porta quando o Senhor bater. Preparado significa estar em estado de Graça. Em alerta, é estar em sintonia dom Deus 24 horas. 

        A incerteza da hora da volta de Jesus é justamente para que procuremos sempre estar em estado de alerta. Por outro lado, não seria uma boa idéia a certeza do dia e da hora. Pois entraríamos em pânico tão grande, que morreríamos bem antes.

        Que Jesus nos ajude a repudiar o pecado e conseguir naquele momento mágico, da separação da nossa alma com o nosso corpo, estar a espera do Senhor. Amém.

 

Sal

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