Neste texto Jesus é questionado sobre as diferenças entre judaismo e cristianismo, a começar pela prática do jejum e da oração. Os discípulos de João Batista eram incentivados ao jejum e os discípulos dos fariseus jejuavam nas segundas e quintas feiras (cf, 18,12) e nas comemorações judaicas costumeiras.
É evidente que Jesus era muito mais livre sobre essas questões, mas não subestimava o seu valor. Então Ele compara o tempo de seu ministério a um casamento, antecipação do banquete messiânico, onde não se deve jejuar. Mas, numa velada referência à sua paixão, fala do dia em que o noivo lhes será tirado, e que nesse dia, jejuarão (antes da ressurreição).
Jesus complementa sua resposta contando duas parábolas, sobre a roupa e sobre os odres. Dessa forma, explica que veio para trazer algo totalmente novo, que surgiu no judaísmo, mas que deve se desenvolver sozinho, adaptando rituais, doutrina e práticas religiosas e sociais. Essas parábolas evidenciam a necessidade de desapego dos costumes antigos, mantidos apenas por amor a eles mesmos.
Este texto faz com que pensemos também no desafio dos cristãos de hoje: adaptar todo o ensinamento de Jesus ao nosso tempo, à nossa vida. E é um desafio muito difícil, pois vivemos em tempos bem diferentes daqueles em que estas coisas foram ditas.
Maria Cecília
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário