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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jesus se esconde e nos observa (Mc 4,35-41) (21/06/09)

Talvez Jesus dormisse de propósito, para não dizer, de mentirinha. Além de ser dotado de grande energia proveniente do seu lado divino, estava acostumado passar a noite em oração e de manhã, continuava sua missão normalmente, sem ao menos bocejar. Além disso, com o barco balançando e o barulho do vento, fica difícil dormir sossegado. Acho mesmo que Ele estava cochilando, e permitiu que o vento soprasse forte, para ver a atitude dos discípulos, e para que eu e você pudéssemos refletir sobre este acontecimento hoje. É também assim que Cristo se faz presente sempre no meio de nós. Se Ele fosse apenas um homem histórico, já o teríamos esquecido há muito tempo.

O barco enchendo de água, quase emborcando pela força do vento, desespero, gritos, sinceramente eu não queria está naquele barco. Ou queria? Será que eu estaria também em pânico, ou confiante naquele que, lá no fundo, cochilava ou fingia que dormia?

Quantas vezes no mar da nossa vida já entramos em pânico nos esquecendo que Cristo está conosco talvez se fazendo de sonolento só para ver tamanho de nossa fé.

É, Deus às vezes se faz de distante só para ver qual será a nossa reação. Se o amamos mesmo, se confiamos Nele de verdade ou só de palavras.  Uma vez fiz uma brincadeirinha com a minha filha mais velha, quando, por volta de seis anos, estando ela se divertindo nos brinquedos do parquinho, afastei-me, não muito, e fiquei meio escondido atrás de um dos brinquedos. Não demorou quase nada para ela perceber a minha ausência, e já ia aparecendo aquele biquinho de choro. Ela virava e olhava para os lados me procurando. Isso durou menos de um minuto, pois não tive coragem de prolongar. Corri, e a abracei.  Acho que o meu lado egoísta queria saber se ela sentiria a minha falta mesmo.

Deus nos ama, e para nos balançar ou testar, vez por outra Ele se esconde, não muito, mais o suficiente para que a gente leve um tranco e acorde, e "caia na real" ao perceber que sem Ele tudo é mais difícil, para não dizer impossível. Aí pensamos, ou mesmo gritamos em oração: Deus Pai me tira dessa! Tem piedade de mim! Meu Deus, não me abandone!

A reclamação dos discípulos foi uma oração direta, porque Jesus estava fisicamente presente. Nós também podemos e devemos rezar diante dos perigos, mais com um pouco mais de confiança. Sem o desespero de quem não tem um  Pai poderoso que cuida de nós. Senão Ele vai nos dizer:  "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?". Ou, por que temeis, homens de pouca fé?

 

Sal - CATEQUESE ATUAL

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