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domingo, 17 de janeiro de 2010

Jejum e purificação (Mc 2,18-22) (18/01/10)

        O tema principal do evangelho de hoje é o jejum, que significa abster-se de alimento por um certo período de tempo. Não obstante, o jejum pode ser também, o ato de nos abster de uma certa coisa que nos dão prazer, para obter mais forças para nos privar de outras práticas pecaminosas.

        No Velho Testamento, o jejum está geralmente associado com três coisas: tristeza, confissão de pecados e busca do Senhor. Muitas vezes estes elementos de aflição, confissão e oração foram juntados em períodos de jejum. Um dia regular de jejum era observado pelos judeus todos os anos: Era o dia da expiação dos pecados. E o dia da expiação era naturalmente associado com aflição, confissão e oração, quando o povo se recordava dos pecados que havia cometido durante o ano e oferecia sacrifícios pela sua purificação. Foi por isso que Jesus disse mais ou menos assim: "Quando vocês fizerem jejum, não fiquem com uma cara de tristeza como fazem o s fariseus para que todos percebam que vocês estão fazendo penitência. Mas, pelo contrário, vistam uma roupa bonita e fiquem com uma cara de alegres para que ninguém descubra o que estão fazendo, senão o vosso sacrifício não terá nenhum valor diante de Deus Pai."

        Porque, na verdade, os fariseus tinham transformado o jejum em um ritual e um verdadeiro espetáculo. Jesus ensinava que o jejum é para ser feito em particular e não para impressionar os outros (Mateus 6,16-18). Ele também ensinava que o jejum é para ser feito em ocasiões apropriadas, isto é, em tempos de aflição (Lucas 5,33-39). O jejum não é um ritual mecânico, para ser praticado simplesmente com o propósito de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunicação mais íntima com o Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado.

        O jejum é m tipo de penitência muito importante para se obter o autodomínio do corpo, principalmente para manter a castidade. Ele é tão importante, que foi recomendado pelo próprio Jesus, quando disse aos discípulos que não conseguiam expulsar os demônios de nome legião, que para se fazer isso seria preciso jejum e muita oração.

        A Igreja nascente fazia muito o uso do jejum. Em Atos 13,2-3, podemos ler que a Igreja jejuava quando enviava dois dos seus professores numa longa viagem de pregação. Em Atos 14,23, as igrejas jejuavam quando indicavam anciãos. Jejuar nunca deveria ser pensado como um meio de obrigar Deus a nos conceder uma graça ou um favor, ou como um modo de fazer com que Deus atendesse às nossas orações.

        Jejuar é, principalmente, um meio de purificação, um meio de conseguir vencer as tentações principalmente aquelas referentes a carne, e finalmente um meio de nos aproximarmos do Senhor, orando e meditando no Senhor, e de levar outras pessoas a fazerem o mesmo.

 

Sal

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