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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O pouco com Deus é muito (Mc 12,38-44) (08/11/09)

Guardai-vos dos escribas que gostam e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes.

        Os Escribas gostavam de aparecer. De mostrar aos demais que eles eram muito importantes.  Será que algum de nós já não fez isso pelo menos uma vez na vida?  De se aproveitar do cargo que ocupa seja na sociedade seja na comunidade, para se auto  promover.  Que feio! E onde ficou a humildade que aprendemos do Mestre? Onde foi parar a modéstia?

        O cristão não pode se aproveitar de certas circunstâncias para se fazer passar por importante. Porque aquele que pretende ser o mais santo, o melhor, deve em  primeiro lugar, ser o mais humilde, sem fingimento, o mais discreto, o que mais serve, aquele que é capaz de pegar numa vassoura e varrer o salão aos olhos dos demais. Prezados irmãos. A humildade deve ser a marca registrada do cristão.

        Nas leituras de hoje aparecem duas viúvas que dão o pouco que possuem para Deus, e são abençoadas. Também nós seremos abençoados e teremos  nossos bens multiplicados se dermos as nossas contribuições para os ministros de Deus com toda boa vontade, com toda humildade e conscientes que apenas estamos devolvendo um pouco daquilo que Deus nos deu.

        No tempo de Jesus, a situação da viúva era muito difícil porque eram exploradas. A pobre viúva, como as multidões de empobrecidos que faziam sua peregrinação religiosa a Jerusalém, sacrificava-se tirando o necessário para viver, sendo assim explorada por aqueles que usufruíam das riquezas acumuladas no Tesouro do templo. Com a opção fundamental pelo serviço, Jesus nos inspira à prática amorosa da partilha e da solidariedade, na construção do mundo novo possível.

        Jesus observava que os ricos davam para o templo o dinheiro que lhes sobrava. Enquanto aquela pobre viúva deu a única quantia que tinha. Portanto, como afirmou Jesus, aquela pobre mulher foi quem deu a esmola  ou contribuição maior para o templo do Senhor. 

        Havia, no templo de Jerusalém, desde sua construção por Salomão, uma sala chamada Tesouro ou "gazofi lácio", onde guardavam as grandes riquezas acumuladas. Este Tesouro tinha algumas pequenas aberturas externas, os "cofres", por onde eram depositadas as ofertas dos fiéis. A fala de Jesus sobre o gesto
da viúva está em continuidade a sua denúncia sobre o templo, usado como instrumento de comércio e enriquecimento principalmente por parte  daqueles que se faziam de santos e que deveriam dar o bom exemplo para o povo que confiava neles.

        Caríssimos irmãos. A contribuição que damos para a Igreja é o investimento mais abençoado que podemos fazer.  Assim como vimos na primeira leitura, a primeira viúva pobre que reparte seu único alimento com o enviado de Deus, o profeta e depois nunca mais lhe faltou o alimento, também acontece com aqueles que contribuem mensalmente, dando uma quantia do seu dinheiro para a Igreja. Nada irá lhe faltar. Experimente fazer isso, caso você ainda não o faz. Dê uma quantia mensal, e em cada missa coloque na sesta um pouco mais do que umas moedinhas. Garanto-lhe que Deus vai trasbordar a sua taça. Ele vai abençoar os seus rendimentos de tal forma que você vai ficar admirado como pode o seu modesto salário, por exemplo, render tanto. É porque o pouco com Deus, é muito.  É porque para Deus nada é impossível.

Sal

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