Quando eu era mais nova, não entendia direito o porquê da maioria dos padres das paróquias que eu frequentava não serem da cidade, sempre eram de fora. À medida que fui ficando mais velha e entrando para o serviço da Igreja, entendi perfeitamente: um profeta nunca é bem aceito em sua terra.
Muitas vezes, julgamos as pessoas por nós mesmos, principalmente quando ela está próxima de nós. Olhamos mais sua aparência, os costumes dos seus, a imagem que criamos de sua vida e esquecemos de olhar pra dentro dele. Esquecemos de ver o que a pessoa tem de bom, simplesmente porque achamos que elas são iguais a nós. Na minha pouca experiência de vida, observo que os defeitos que mais nos incomodam nos outros, são aqueles que estão em nós mesmos.
As pessoas não deram valor a Jesus pelo que ele representava. Ele era pobre, sua família era simples, Ele mesmo era humilde e cheio de amor no olhar. Isso era novidade ali, afinal quem era aquele homem que falava daquele jeito, de um jeito que mexe, que toca... e apesar desses sentimentos certamente terem invadido o coração daqueles homens, eles preferiram continuar com a pedra dentro do peito.
E você? Está valorizando ou desprezando os profetas de sua casa? Seus pais? Seus filhos? Seus irmãos? E na sua comunidade? Como você reage àquelas pessoas que te incomodam, mas incomodam porque falam a verdade? Pense bem! Você pode estar desprezando um enviado de Deus para sua vida.
E se você está sendo desprezado, tenha paciência. Deus certamente irá mostrar o caminho que você deverá seguir. Faça sempre sua parte, pois no final, "será entre você e Deus e não entre você e os homens" (Madre Tereza de Calcutá).
Que Deus nos dê sempre a sabedoria de reconhecermos Seus profetas e mais que isso, também sermos profetas em nossas casas, igrejas, trabalho... Amém.
Ana Luíza Medeiros
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
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