Jesus perguntou a Simão Pedro por três vezes : " Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?"
Na terceira vez Pedro percebeu o porquê Jesus insistiu naquela pergunta. Simão Pedro se lembrou de que havia "pisado na bola" por três vezes, que havia negado o Filho de Deus. Percebeu que havia "amarelado" se acovardado diante do perigo de também ser preso por ser um dos discípulos do Mestre.
Recordemos que Pedro se mostrou corajoso, amigo fiel, e defensor de Jesus quando Este anunciou o sofrimento que iria passar.
Nós também somos assim. Muito corajosos, e fiéis a Deus quando estamos celebrando, quando estamos no altar, quando estamos pregando o Evangelho. E quando acabamos de comungar então, fazemos uma cara de que somos cristãos a toda prova. Será? Pois nesse momento Jesus está do nosso lado dizendo. Ainda hoje mesmo me negarás mais de três vezes. É. Pedro negou Jesus por três vezes. E nós? Quantas vezes já negamos Jesus?
Negamos Jesus quando damos maus exemplos de cristãos atuantes. Quando junto com os amigos falamos palavrões, quando rimos das piadas altamente picantes, ou até contamos algumas delas. Já imaginou um catequista parar na rua para observar um lindo corpo da mulher que passa, e ou mexer com ela, dizendo coisas incompatíveis ou indignas da sua posição de um escolhido de Deus para evangelizar pela palavra e pelo testemunho? E se os pais dos seus "alunos" ou mesmo os jovens aos quais ele é responsável pela formação religiosa estiverem passando por perto e verem aquela cena? Já pensou um sacerdote que indo celebrar um casamento em uma fazenda distante, depois passar a noite toda bebendo e dançando? É isso já aconteceu em algum lugar do interior do Brasil.
Prezados irmãos. Nós cristãos vocacionados e engajados na linha de frente da Igreja, somos observados para não dizer vigiados nos lugares por onde andamos e passamos. Seja um simples coroinha, uma secretária paroquial, freira, catequista ou sacerdote. Todos nós não podemos nos esquecer de que somos Igreja e como tal devemos nos comportar adequadamente 24 horas por dia, e não somente na hora em que estamos no exercício da nossa missão, mais em todos os lugares. Porque pode estar por perto uma pessoa cujo rosto não nos lembramos de ter visto na Igreja, nos olhando, e observando o como nos comportamos, mesmo que estejamos distantes da área geográfica da nossa paróquia ou da nossa atuação missionária.
Vamos pedir a Deus que nos lembre sempre que em todos os lugares devemos dar bons exemplos, pois o ato de evangelizar não é somente falar, mas sim, demonstrar. Um visual fala por mais de cem palavras.
Mas não desanimemos, principalmente os catequistas jovens, que enfrentam com mais freqüência as situações em que fica difícil comportar-se como cristãos atuantes. Lembremos que não obstante as negações de Pedro, Jesus o perdoa e o transforma ou ordena o primeiro Papa da Igreja. Não vamos desistir do nosso trabalho missionário, por causa dos nossos maus exemplos, achando que não temos jeito mesmo. Nós podemos contar com o perdão de Jesus, com a sua força para evitar tais situações, por exemplo, nos calando diante de uma conversa pornográfica na rodinha de amigos. Nós contamos ainda com tudo aquilo que Jesus nos disponibilizou para a nossa conversão diária, ou seja, a Igreja e seus sacramentos. Coragem! Converta-se diariamente, e vá em frente!
Repito aqui, que teríamos mais e melhores padres, se o celibato não fosse obrigatório. Não estou criticando a minha Igreja nem incentivando nenhuma espécie de cisma. Na qualidade de cristão missionário atuante, estou sim, contribuindo para um futuro melhor, sem noticiários constrangedores para a minha Igreja que conta com a força e a proteção de Jesus Cristo até o fim dos tempos.
Sal.
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